O governo marroquino deve reintroduzir um imposto alfandegário sobre as importações de trigo mole para estimular as vendas de culturas locais afetadas por escassez de chuvas, disse Chakib Alge, presidente da Federação Nacional de Moinhos, na quarta-feira.
No início de novembro, Marrocos aboliu os direitos aduaneiros sobre as importações de trigo mole para manter a estabilidade de preços.
"O aumento dos impostos alfandegários sobre o trigo mole é um procedimento comum nesta época do ano e pode durar até três meses para proteger a produção local", disse o presidente da Federação Nacional de Moinhos de Marrocos.
Segundo previsões do Ministério da Agricultura do país, a produção de cereais em Marrocos em 2019 será de 6,1 milhões de toneladas, 40,7% a menos que no ano passado. Este ano, a safra marroquina é esperada em volumes de 3,5 milhões de toneladas de trigo mole, 1,35 milhão de toneladas de trigo duro e 1,25 milhão de toneladas de cevada, informou o ministério.
Esses dados preliminares da agência estadual ONICLE para as culturas de cereais mostram que Marrocos pode importar cerca de 3 milhões de toneladas de trigo mole este ano. No ano passado, o Marrocos importou 2,6 milhões de toneladas de trigo mole, 0,9 milhão de toneladas de trigo duro e 0,41 milhão de toneladas de cevada.
Em Marrocos, geralmente são oferecidos subsídios aos moleiros locais para escolher o trigo doméstico em vez do trigo importado.