A Associação Brasileira de Carne Bovina disse que um acordo comercial entre a União Européia e o bloco Mercosul dos países da América do Sul poderia facilitar outros acordos e abrir novos mercados para a grande indústria brasileira de processamento de carne.
Falando pouco depois de Bruxelas e o Brasil anunciarem um acordo para reduzir as barreiras à produção agrícola, Antonio Camarelli, chefe da Associação Brasileira de Carne Bovina Abiec.
Ele disse que o acordo pode abrir caminho para negociações sobre o acesso a novos mercados ou expandir o comércio com os parceiros existentes. "Um acordo dessa magnitude é como um convite para negociar com outros países e blocos comerciais", disse Camardelli.
O chefe da Abiec mencionou a Indonésia e a Tailândia como promissores novos mercados para o Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina, cujas vendas no ano passado somaram cerca de US $ 7 bilhões.
Segundo Camarelli, a Europa não é o maior comprador do Brasil, mas o cliente mais bem pago do país.
O acordo expande as perspectivas de aumento das vendas de carne bovina brasileira na UE, pois fornece uma participação de 42,5% na nova cota anual de 99.000 toneladas de exportação de carne bovina para países da UE, que será atribuída ao Mercosul. O imposto sobre a nova cota será de 7,5%.