Os agricultores da União Européia manifestaram suas preocupações depois que a União Européia fechou um acordo com um grupo de países da América do Sul.
Um acordo histórico entre a UE e o bloco comercial do Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, foi assinado na sexta-feira 28 de junho, após 20 anos de negociações. Os países da América do Sul pretendem aumentar as exportações para a Europa de carne bovina, açúcar, aves e outros produtos agrícolas.
As negociações entre os dois blocos ao longo dos anos às vezes foram malsucedidas devido à sensibilidade ao mercado de carne bovina da UE. Os agricultores europeus afirmam que os países da América do Sul não chegaram perto de cumprir a segurança alimentar, o bem-estar dos animais ou os padrões ambientais da UE.
No ano passado, por exemplo, o Brasil, o maior exportador mundial de carne vermelha, esteve no centro das atenções internacionais por causa do escândalo generalizado com carne bovina, que danificou seriamente o setor autoritário do país.
Mas a UE diz que as negociações comerciais permitirão às empresas européias economizar mais de quatro bilhões de euros em impostos por ano. No entanto, a Cooperativa Agrícola Copa-Cogeca, representando 23 milhões de agricultores em toda a UE, disse que o acordo foi "um momento muito sombrio" para a indústria.
E a maior união agrícola da França, a FNSEA acrescentou: "É inaceitável assinar o acordo MERCOSUL-UE, que expõe os agricultores europeus à concorrência desleal e aos consumidores - para enganar".
Enquanto isso, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro chamou o acordo comercial de histórico e um dos mais importantes de todos os tempos.