Segundo o USDA, as compras de carne suína chinesa nos Estados Unidos aumentaram ao máximo nos últimos seis anos.

A venda de 77.732 toneladas de carne de porco nos Estados Unidos em uma semana dá esperança aos criadores de suínos e empresas de carne americanas, como a Smithfield Foods WH Group Ltd, que a demanda na China crescerá. As vendas de carne de porco americana para a China caíram no ano passado, depois que Pequim impôs taxas de retaliação de 62% sobre os suprimentos durante a guerra comercial entre os dois países.

A China registrou 120 surtos de peste suína africana (ASF) desde que foi descoberta no país em agosto de 2018. A doença mata quase todos os porcos infectados, embora não prejudique os seres humanos. Não há cura para esta doença. O número exato de porcos que foram mortos por essa doença ou abatidos para impedir sua propagação é desconhecido.

Segundo previsões do Departamento de Agricultura dos EUA, a China aumentará as importações de carne de porco dos Estados Unidos e de outros países em 41% a partir de 2018, para um recorde devido à peste suína africana. A produção chinesa de carne suína deve cair 10% devido à eliminação do rebanho de porcos.

"Apesar dos esforços para conter esta doença, surtos continuam a surgir, e há evidências acumuladas de que a China não será capaz de erradicar a ASF a curto prazo", escreve Lindsay Kooberka, economista agrícola do Departamento de Agricultura dos EUA.

Analistas do Rabobank, empresa internacional de bancos e finanças holandesa, líder mundial em finanças e bancos agrícolas e de alimentos, prevêem uma queda ainda mais acentuada de 30% na produção de suínos em 2019 na China.